Torneio começa neste sábado (29), com brasileiros na disputa para manter hegemonia no masculino e uma chance real de um título inédito no feminino
Foto: Reprodução
A nova temporada do Circuito Mundial de Surfe da WSL começa neste sábado (29) com a etapa de Pipeline, no Havaí, e o torcedor brasileiro tem muitos motivos para ficar de olho em tudo que vai rolar nas ondas do torneio. O ge acompanha todas as etapas da temporada em tempo real, com transmissão das baterias até as oitavas de final.
Desde a força da Brazilian Storm no torneio masculino, à evolução de Tatiana Weston-Webb e as muitas novidades em termos de etapas, modelo de disputa e igualdade de gênero no esporte, confira 10 motivos para você não perder nada do que vai rolar na WSL:
Soberania brasileira no Masculino
O Brasil vem muito bem representado no circuito mundial. Os três primeiros colocados do ranking na última temporada são brasileiros: Gabriel Medina, campeão pela terceira vez, Filipe Toledo, vice, e Italo Ferreira, que terminou em terceiro, mas foi campeão olímpico.
Em cinco das últimas sete edições, a bandeira verde e amarela terminou no topo, com Medina conquistando três títulos, Ítalo um e Adriano de Souza outro. Nesse meio tempo, apenas John John Florence furou o domínio, vencendo duas vezes em 2016 e 2017.
Medina abriu mão das duas primeiras etapas para cuidar da saúde mental, mas não descartou um retorno ainda em Portugal para a terceira etapa. Com o formato de final five, a chance do tricampeão brigar pelo título ainda é muito real.
Chances de título no feminino
Se no masculino os títulos já vieram, no feminino o Brasil está cada vez mais perto de conquistar a taça pela primeira vez. Em 2021, Tatiana Weston-Webb se consolidou entre as candidatas, terminando com o vice-campeonato contra a pentacampeã Carissa Moore.
Aos 25 anos, a havaiana-gaúcha vem em franca ascensão nos rankings e pode, em 2022, enfim levar o primeiro troféu de campeã mundial para uma atleta brasileira. Olho em Tati!
Igualdade de gênero
Essa será também a primeira temporada da WSL buscando a igualdade de gênero. Homens e mulheres terão premiações iguais e o mesmo calendário, com as mesmas 10 etapas para os dois campeonatos.
Primeiro torneio feminino em Pipeline
Graças a isso, teremos também, pela primeira vez na história, uma etapa do torneio feminino do circuito sendo disputada em Pipeline, no Havaí, exatamente na abertura da temporada, a partir do dia 29 de janeiro.
Etapa do Brasil de volta
Depois de dois anos de fora por conta da pandemia da Covid-19, o Brasil vai enfim voltar a receber uma etapa do Circuito Mundial de Surfe. Saquarema, no Rio de Janeiro, será a cidade sede da competição, entre os dias 23 e 30 de junho.
Volta de John John Florence
Os surfistas brasileiros vão ter um grande rival na busca pelo quarto título consecutivo: John John Florence. Vindo de algumas temporadas afetadas por lesões, o americano chega para tentar o tricampeonato depois de uma Olimpíada decepcionante.
Desde o bicampeonato, em 2016 e 2017, o havaiano não conseguiu terminar acima da quinta colocação, tendo perdido etapas por lesão em todas as três edições do campeonato (em 2020 não tivemos temporada por conta da pandemia). Se continuar saudável, é nome forte na briga pela taça.
Novas etapas
Em 2022, a WSL terá três novas etapas no circuito, somando um total de 10. Duas delas são velhas conhecidas do fã de surfe que voltam para o circuito: Sunset Beach, no Havaí entre os dias 11 e 23 de fevereiro, e G-Land, na Indonésia entre os dias 28 de maio e 6 de junho.
Há também a estreante na elite do surfe profissional. El Salvador será a casa do 7º evento na Surf City, entre os dias 12 e 20 de junho. Quem deixa o calendário é a piscina de ondas do Kelly Slater, a Surf Ranch, nos Estados Unidos.
Novidades no formato e Final Five
A temporada 2022 marca também o segundo ano seguido do novo formato com o Final Five, mas com algumas outras novidades. A principal delas é o corte no meio da temporada. Ao todo, serão 10 etapas para definir os cinco finalistas que vão para Trestles, na Califórnia, disputar o troféu, mas nem todos os surfistas estarão em todas.
Após os cinco primeiros eventos, 12 homens (de um total de 35) e cinco mulheres (de um total de 18) saem da disputa e apenas os que restarem vão para as últimas cinco datas de competição. Os cinco melhores homens e mulheres da temporada após as 10 etapas vão para o Final Five.
Dois novos brasileiros
A Brazilian Storm no torneio masculino terá dois novos participantes nessa temporada. Samuel Pupo e João Chianca se juntam a Gabriel Medina, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Miguel Pupo, Yago Dora (que é desfalque em Pipeline), Deivid Silva e Jadson André na elite do surfe mundial.
Ao todo serão nove brasileiros disputando a principal competição de surfe profissional do mundo. Medina, atual campeão do mundo, já confirmou que está fora das duas primeiras etapas, mas tem chance de voltar para a disputa em Portugal, no dia 3 de março.
Aquecimento olímpico
A além da disputa pela soberania brasileira no torneio, a temporada reserva mais um ponto focal de interesse para quem já está pensando nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Apesar de ainda não contar para a classificação, apenas a de 2023 vai, teremos o evento no Taiti, na Polinésia Francesa, mesmo local onde será disputado o torneio olímpico.
Os melhores surfistas do mundo caindo na água exatamente no local onde serão disputadas as Olimpíadas daqui a 2 anos. Se isso não é um aquecimento... A etapa do Taiti é a última da temporada. Acontece entre os dias 11 e 21 de agosto.
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