Em dois meses, Peixe foi da luta contra o rebaixamento no Paulista à vice-liderança no Brasileirão e classificação com espetáculo na Copa do Brasil
O Santos passou por uma transformação nos últimos dois meses sob o comando do técnico Fabián Bustos. Do time que lutava para não ser rebaixado, pelo segundo ano seguido, no Campeonato Paulista, o Peixe evoluiu para figurar entre os primeiros do Campeonato Brasileiro. Além disso, segue vivo na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.
Foto: Bruno Vaz/Santos FC
O ge enumerou cinco fatores que ajudaram o Santos a crescer na temporada e afastar, por enquanto, o fantasma de outro ano difícil para o clube e para a torcida.
Chegada de Bustos
A melhora do Santos em campo está diretamente ligada a Fabián Bustos. O treinador chegou no fim de fevereiro com a missão de recuperar o futebol do Peixe após a saída de Fábio Carille.
Logo no começo, os jogadores chamaram a atenção para o ritmo de treinos do argentino. A intensidade foi o ponto mais destacado. Em algumas características, o trabalho do comandante foi comparado ao de Jorge Sampaoli, último técnico estrangeiro a ter sucesso à frente do Peixe.
Uma nova metodologia que fez com que o elenco santista, aos poucos, entendesse a proposta de jogo de Fabián Bustos. Hoje, com os conceitos já absorvidos, o time começa a desempenhar em campo aquilo que o técnico pedia desde o início do trabalho.
Tempo para treinar
Entre a eliminação no Campeonato Paulista e o início da disputa da Copa Sul-Americana, Fabián Bustos teve 17 dias só para treinar. Foi um período importante para que o treinador pudesse implementar as ideias de jogo.
As atividades também foram utilizadas para descansar atletas que estavam com uma carga maior na questão física e deixar todo o elenco preparado para a sequência de partidas. Em maio, por exemplo, o Peixe encara nove partidas por três competições diferentes.
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Com metade do mês já vencido, o time tem sofrido pouco com lesões. Recentemente, apenas Maicon e Ângelo precisaram ficar no departamento médico. O zagueiro já pode retornar contra o Goiás, neste domingo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
Reforços adaptados
A melhora do Santos passa, também, pela chegada de reforços. Neste período, cinco jogadores foram contratados: o zagueiro Maicon, os volantes Willian Maranhão e Rodrigo Fernández, e os atacantes Jhojan Julio e Bryan Angulo.
Os novos nomes elevaram a qualidade do elenco santista. Maicon se tornou um líder dentro e fora de campo, virou referência e ajudou na evolução de outros colegas do setor defensivo, como Eduardo Bauermann, que recuperou o bom futebol do início da temporada.
Da mesma forma, Rodrigo Fernández rapidamente se tornou titular incontestável. O uruguaio resolveu um problema que se estendia desde o ano passado, com a saída de Alison: a posição de primeiro volante. Já apelidado de pitbull pelo torcedor, demonstra, mais do que garra, ter qualidade para auxiliar, também, na criação de jogadas.
Também titular, Jhojan Julio demorou mais para engrenar no Santos. Após atuações contestadas, o equatoriano começa a se adaptar ao futebol brasileiro e vem evoluindo nas últimas partidas. Já Bryan Angulo e Willian Maranhão viraram boas opções para Fabián Bustos mexer na equipe quando necessário.
Vila Belmiro
Se Fabián Bustos ainda encontra dificuldades para que o Santos vença fora de casa, a história é outra quando joga dentro da Vila Belmiro. A casa do Peixe voltou a ser o alçapão, onde o time se torna um adversário difícil de ser batido.
São seis partidas atuando em casa e 100% de aproveitamento. A torcida, apesar das limitações do estádio, tem comparecido e empurrado o time. Contra o Coritiba, mais de 13 mil torcedores assistiram à classificação na Copa do Brasil.
Na Vila Belmiro, o time anotou 18 gols e sofreu apenas seis. A casa do Peixe pode ser um dos trunfos para o time sonhar com voos mais altos na temporada.
Recuperação do elenco
Desde quando chegou ao clube, Fabián Bustos falou que tinha como missão recuperar o futebol de alguns jogadores que vinham sendo criticados pela torcida pelas más atuações.
Sempre buscando não expor situações, o treinador trabalhou para que atletas como Sandry, Camacho, Felipe Jonatan e Gabriel Pirani, por exemplo, pudessem potencializar o que possuem de melhor.
Mesmo quando deixou alguns jogadores na "geladeira", como é o caso do atacante Rwan Seco, deu um jeito para que isso não desestimulasse o jogador. E o processo deu resultado. Após sete jogos sem ser relacionado, Rwan retornou ao time e marcou dois gols nas últimas três partidas.
Embalado, o Santos volta a campo neste domingo para enfrentar o Goiás, às 19h (de Brasília), em Goiânia, pela sexta rodada do Brasileirão.
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