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Uma semana de Neymar: o que ele mostrou e o que falta mostrar

Foto do escritor: MDD SportsMDD Sports

Em três jogos, camisa 10 apresenta lentidão e falta de ritmo de jogo. Estágio do time do Santos atrapalha adaptação



Em uma semana, ligada por duas quartas-feiras, Neymar fez três jogos pelo Santos. Não venceu, não fez gols, não deu assistências.


Não é exatamente o começo com o qual o torcedor santista sonhava. Mas é preciso ser compreensivo com a situação de um jogador que, abatido por gravíssima lesão, ficou mais de um ano sem jogar – e que vem de duas temporadas praticamente perdidas.


Na derrota de 2 a 1 para o Corinthians, nesta quarta, em Itaquera, o camisa 10 teve atuação apagada – como já havia acontecido no empate por 0 a 0 com o Novorizontino na rodada anterior.


Sua melhor participação foi na reestreia, quando entrou no intervalo do jogo contra o Botafogo-SP e mostrou mais desenvoltura do que nas partidas seguintes – em alguns lampejos, relembrando o craque do passado.


Neymar está cumprindo uma espécie de ritual neste retorno ao Santos: o primeiro jogo, o primeiro jogo como titular, o primeiro jogo fora de casa, o primeiro clássico.


Em algum momento, virão o primeiro gol, a primeira assistência, a primeira atuação decisiva. É preciso ter paciência.


Até agora, a melhor notícia envolvendo Neymar na volta ao Brasil foi a capacidade de resistir às partidas sem sofrer novas lesões.


Ele deu arrancadas, fez inversões de movimentos e levou pancadas – sem maiores problemas.


Para quem vem lidando com uma carreira acidentada por lesões, sobreviver a elas é a necessidade mais urgente.


De resto, Neymar distribuiu dribles, criou jogadas, arriscou a gol, mas de forma ainda tímida. É muito evidente a falta de ritmo de jogo: o corpo tem dificuldade para acompanhar o raciocínio. Ele está lento.


A consequência disso é que Neymar não fez, nesta primeira semana, grande diferença para o Santos dentro de campo. No clássico, o time melhorou quando ele deu lugar a Soteldo – naquele momento, o Corinthians vencia por 2 a 0. Sem o camisa 10, a equipe cresceu, descontou e, em uma pressão final, quase empatou.


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Por justiça, é preciso reconhecer que o jogador participou de alguns bons momentos santistas no primeiro tempo, antes de o rival fazer o primeiro gol.


Mas também cabe observar que a marcação corintiana, muito bem feita, não teve grande dificuldade para controlá-lo.


Neymar vive um processo de adaptação, e ela é prejudicada pelo fato de o Santos não ter um time formado. Com novo treinador e elenco reformulado, o que se tem na Vila Belmiro é uma equipe em reconstrução – e tende a ser assim por um bom tempo.


O reflexo aparece na tabela, com o clube fora da zona de classificação para as quartas de final do Campeonato Paulista, atrás de Guarani e Portuguesa no Grupo B.


Em nove jogos no Estadual, foram apenas duas vitórias – e o saldo de gols é negativo. A campanha é muito frustrante, e isso tem pouco a ver com Neymar.




Foto: Ettore Chiereguini




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