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UFC 280: Tibau e Davi Ramos relembram lutas com Makhachev

  • Foto do escritor: MDD Sports
    MDD Sports
  • 22 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

Lutadores brasileiros, que já enfrentaram o russo adversário de Charles do Bronx no sábado, sugerem caminho a compatriota para duelo que vale o cinturão peso-leve do Ultimate


Islam Makhachev tentará desbancar Charles do Bronx no UFC 280, em Abu Dhabi, neste próximo sábado. Será o quinto adversário brasileiro do lutador russo nascido no Daguestão. O Combate conversou com dois desses lutadores, Gleison Tibau e Davi Ramos, para entender um pouco mais sobre o jogo de Makhachev e saber de quem esteve lá dentro com ele qual a projeção para um dos duelos mais esperados de 2022 no Ultimate.

Foto: Getty Images

Gleison Tibau enfrentou o russo em 20 de janeiro de 2018, no UFC 220, em Boston. O brasileiro voltava de uma suspensão de dois anos por doping e durou apenas 57 segundos com Makhachev no octógono, tendo sido logo nocauteado.


- Quando acelerei o camp, estourei meu bíceps direito faltando duas semanas para a luta. Falei para os meus treinadores que "não tenho o direito de renegar essa luta, tenho que ir, nem que seja com um braço só". Fiquei com muita dor e não senti a luta. Foi uma luta muito rápida, não tinha muito o que usar por causa das lesões. Lembro que começou a luta e entrei com um chute e ele entrou com um direto forte e acabou a luta - disse o lutador de 39 anos, que avaliou Makhachev mais pelo que viu na preparação.


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- O vendo lutar, é um jogo muito justo, é um cara muito forte. Antes da nossa luta, vi que era um cara que trabalhava mais o wrestling, a mão dele nem me preocupava nessa época. Ele nem soltava muito a mão, era mais agarrado, então fiquei mais focado na defesa do wrestling. Realmente peguei um golpe de encontro ali (...). Achei que ele ia querer fazer só wrestling, a escola do jogo dele. Mas realmente nesse tempo todo vendo, ele vem evoluindo também, uma crescente muito boa no striking. Apesar que hoje vejo Charles no melhor momento da vida dele, nunca vi um cara evoluir tanto como Do Bronx. Ele evoluiu muito realmente, está um lutador completo, um lutador com um bom striking, jiu-jítsu nem se fala, e não é um wrestling nato, mas está com um tempo bom de queda, conseguindo derrubar bons wrestlings.


Quanto ao que esperar do duelo do fim de semana nos Emirados Árabes Unidos, Tibau coloca a luta em dois caminhos. Por via rápida, ele aposta em Charles do Bronx. Se a luta acabar nas mãos dos juízes, ele acha que é um sinal de que Makhachev conseguiu impor seu jogo.


- É uma luta dura, todos nós sabemos. Se for uma luta para nocaute ou finalização, estaria com Charles. E uma luta de decisão, com cinco rounds, por questão de jogo eu apostaria no Islam (...). Se a luta ficar em pé, está mais para o Charles, que tem mais volume e é mais técnico. O Makhachev é um simples, mas bem feito, forte e com potência, “um, dois, chute”, “um, dois, três”. O Charles não, tem mais volume, é mais solto em pé, então com certeza leva mais perigo (...). O Charles é um cara inteligente, está com um time muito bom, então acredito que se focaram muito nessa parte do wrestling, porque é onde acho que vai fazer a diferença. Não vejo o Makhachev ganhando do Charles em qualquer outro jogo. Seria botando para baixo, ficando ali na guarda, na meia, trabalhando a guarda, esse é o jogo bom para o Makhachev. Mas acho um perigo para o Makhachev a parte em pé.


Três lutas depois desse duelo com Tibau, Makhachev enfrentaria Davi Ramos. O duelo aconteceu no dia 7 de setembro de 2019, no UFC 242, mesmo card em que Khabib Nurmagomedov defendeu o cinturão contra Dustin Poirier. O brasileiro relatou ter se surpreendido com o jogo do russo.


- O que me surpreendeu é que durante o camp achei que ele fosse botar bem para baixo e fazer o jogo dele, porque todas as lutas que tinha visto ele tinha feito o jogo dele, não importava com quem, que era botar para baixo e impor o jogo. Quando ele se deparou comigo, não quis fazer isso. Achei ele mais inteligente nessa luta, isso foi o que mais me surpreendeu. Ele fez o jogo de canhoto, jogou no contragolpe, conseguiu acertar melhor a distância por ser mais longo, e foi levando a luta até o final. Achei que ele levaria mais para baixo.


Davi Ramos, hoje lutador do evento russo ACA, avaliou possíveis cenários vantajosos para Charles do Bronx na luta com Makhachev.


- Na trocação, vejo o Charles muito melhor, pode surpreender e colocar bons golpes nele. O Charles está vindo num ímpeto bom de trocação, pegou caras que tinham trocação boa - apesar de ter recebido knockdown em algumas lutas - e vem melhorando cada vez mais, mostrando que o striking dele é muito bom, superior ao do Makhachev. Acho que esse é o caminho para ele. Outro caminho é chegar no corpo a corpo e ir para as costas. Não acredito numa queda do Charles, não é um cara que tem um wrestling muito bom, ele se embola e encaixa muito boas finalizações, mas não é um cara com o wrestling afiado. Não vejo ele derrubando Islam no wrestling, mas de repente numa contra queda, ou numa investida nas costas, são dois caminhos que ele deveria seguir.


Ainda segundo Davi, o fato de a luta acontecer em Abu Dhabi é uma clara vantagem para o russo, que já está acostumado ao clima local.


- Acho uma clara vantagem para o Makhachev lutar em Abu Dhabi, onde tem todo suporte. Acompanho ele e tenho muitos amigos em Abu Dhabi e Dubai e ele já estava em Dubai há muito tempo. Isso pode favorecê-lo num final de luta, principalmente. Até pegando o gancho do evento que lutei com ele, que foi em Abu Dhabi também, fui praticamente 21 fias antes da luta e praticamente só eu e algum outro que não cansou durante a luta. É uma coisa que realmente você precisa ir e se adaptar bem, eu sabia disso e fui antes.


Além de Tibau e Davi, Makhachev lutou com Adriano Martins, que lhe impôs em outubro de 2015 sua única derrota na carreira, por nocaute, no UFC 192; e contra Thiago Moisés, em julho de 2021, quando finalizou o brasileiro no quarto round.


Fonte;https://ge.globo.com/


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