Brasileiro enfrentará Luke Rockhold neste sábado, e garante estar em ótima forma para duelo contra o ex-campeão
Paulo Borrachinha fará a co-luta principal do UFC 278, que será realizado neste sábado, em Salt Lake City, nos Estados Unidos, contra Luke Rockhold. O duelo contra o ex-campeão dos médios foi comemorado pelo brasileiro, especialmente porque, segundo ele, outros lutadores recusaram enfrentá-lo no evento.
Foto: Evelyn Rodrigues
- Ele é um adversário formidável, muito bom, é um ex-campeão. Tem boas habilidades, é um cara descolado, modelo, surfista, lutador. É um ótimo desafio, o pessoal quer ver essa luta. Na verdade, já queria ter feito essa luta antes, mas não tinha oponente. O pessoal estava recusando e o Rockhold aceitou - disse Borrachinha em entrevista exclusiva ao Combate.
Para o duelo contra Rockhold, o brasileiro recebeu um importante reforço em seu treinamento: o treinador de boxe Kelson Pinto. Borrachinha apontou o que já mudou desde que iniciou sua parceria com ele.
- Eu conheci ele em Las Vegas, e de lá para cá minha vida profissional mudou totalmente pra melhor. Ele foi fundamental na forma como ele me ajudou a entender a luta, a forma de lutar. E com menos estresse, com menos lesão, porque tinha menos cansaço, menos repetições. Então me deu mais saúde, me deu mais vontade, me deu mais felicidade de fazer tudo isso, de lutar. (Ele mudou) Principalmente a movimentação, movimentação do vaivém. Entrar e sair da distância, a distância falsa, a distância que você consegue enganar muito o adversário, entra e sai. E isso tem feito muita diferença.
- Isso vai ser bom para lutar contra todo mundo. Não ficar só andando, marchando para a frente, fazer essa finta é importante para caramba. E contra o Rockhold também, porque é um cara perigoso, ele gosta de lutar em pé, chuta bem. Então tem que ter essa finta. Isso faz também o adversário ficar mais cansado. É muito bom.
Em sua última luta, Borrachinha acabou se envolvendo em uma polêmica sobre o corte de peso, e seu duelo contra Marvin Vettori acabou sendo na categoria de cima, no meio-pesado, já que o brasileiro teve problemas para bater 84kg. Desta vez, porém, ele garante que tudo será diferente.
- Os números não mentem. Eu poderia bater o peso hoje à noite, amanhã de manhã, e ainda é quarta. Até aqui esse é o melhor momento da minha carreira. Eu acho que quando alguém me viu lutando com o Marvin mais pesado, mais gordinho, talvez pode ter suposto que eu não iria mais bater o peso, que eu estava desmotivado, mas é totalmente inverso. Eu só estava pesado contra o Marvin porque um mês antes da luta eu tive que parar de treinar. Eu machuquei meu braço. Dessa vez não tenho lesão nenhuma, então é natural que chegue leve, que chegue bem e é assim que eu estou.
Algumas semanas atrás, Borrachinha anunciou que não é mais empresariado por Wallid Ismail, mas o peso-médio afirma que o rompimento foi amigável.
- O que aconteceu foi que a gente chegou num acordo de que é melhor para ambos, tanto para ele quanto para mim. Seguiremos separados, sem rivalidade, sem problemas, sem briga, sem confusão. Acho que não é necessário. Sou muito grato ao trabalho que ele prestou até aqui, mas eu achei que é um momento de começar uma nova jornada, e diferente.
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