Heptacampeão admitiu responsabilidade em incidente na largada da prova, neste domingo, em primeiras entrevistas após o ocorrido; nas redes sociais, piloto da Mercedes reforçou posição e se desculpou
Evocando memórias difíceis para a Mercedes, Lewis Hamilton e George Russell testaram a saúde cardíaca dos membros de sua equipe com uma batida na largada do GP do Catar deste domingo. Mas dessa vez o heptacampeão, que acabou abandonando, assumiu a responsabilidade pelo "repeteco" de um episódio semelhante - na também vitória de Max Verstappen na Espanha em 2016.
- Eu sinto muito mesmo pela equipe. Era uma oportunidade que tínhamos para pontuar hoje. No momento eu ainda não entendo bem o que aconteceu, senti o toque mas não acho que George tivesse para onde ir. Eu assumo total responsabilidade, sem problemas. Todos trabalharam tão duro, eu tinha a chance de voltar à zona de pontuação hoje - disse ele, ainda no decorrer da corrida vencida por Verstappen, declarando ainda torcida pela recuperação de Russell.

Foto: Mark Thompson/Getty Images
O fato se deu na largada da prova, no Circuito de Lusail. Russell e Hamilton partiram da segunda e terceira colocações, respectivamente. O heptacampeão, excessivamente otimista, passou na frente do colega na primeira curva e acabou cercando o companheiro.
Tendo o pole position Verstappen à sua direita, o piloto do carro 63 não se moveu o suficiente para evitar o iminente toque que o fez rodar até a área de escape. O heptacampeão parou na brita e abandonou, sua primeira retirada nesta temporada. Já Russell teve que trocar pneus e o bico do carro, mas depois de cair para 14º, recuperou-se e cruzou a linha de chegada na quarta colocação.
Nas redes sociais, o heptacampeão publicou uma declaração semelhante e ainda aproveitou para pedir desculpas ao colega de equipe e para a Mercedes:
- Assisti ao replay e foi 100% culpa minha, e assumo total responsabilidade. Peço desculpas à minha equipe e a George - escreveu.
O lance ainda será investigado pelos comissários da prova. Hamilton ocupa a terceira colocação do campeonato e, com o abandono, perdeu a chance de reduzir sua desvantagem para o vice-líder Sergio Pérez; ele tem 194 contra 223 do mexicano da RBR, 29 de diferença.
Lembra disso?
A última vez que dois carros da Mercedes colidiram foi no GP da Espanha de 2016, na largada da prova no Circuito de Barcelona-Catalunha. Na ocasião, o britânico partiu da pole position mas se enganchou com o então colega, Nico Rosberg, após ser superado nas curvas seguintes.
O abandono da dupla foi um prato cheio para Daniel Ricciardo, então piloto da RBR. Mas quem ficou com a vitória foi um jovem Verstappen, que obteve o primeiro triunfo da carreira logo na estreia pela equipe austríaca aos 18 anos.
Por outro lado, o incidente encerrou a sequência de quatro vitórias de Rosberg na temporada e impediu a Mercedes de igualar o recorde de 11 vitórias consecutivas que pertencia à McLaren, estabelecdo em 1988 por Ayrton Senna e Alain Prost. Hamilton e Rosberg se isentaram de culpa, mas o britânico pediu perdão ao time.
A F1 retorna daqui a duas semanas em 22 de outubro com o GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas em Austin, Texas. Restam cinco etapas para o fim da temporada, que já coroou Max Verstappen tricampeão mundial.
Fonte;ge.globo

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