Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF
O Santos venceu o Ituano por 2 a 1, neste domingo, na Vila Belmiro, pela sexta rodada do Campeonato Paulista. Apesar de ter saído com os três pontos, o Peixe voltou a oscilar em campo e permitiu a reação do adversário, que pressionou até os minutos finais.
Depois da partida, técnico Fábio Carille analisou a atuação do Santos. Ele admitiu que a equipe tem cometido erros.
– A gente fez um bom jogo até os 35 minutos do primeiro tempo, depois já erramos muito. No banco de reservas, falamos de erro técnico e depois tático, com isso se perde confiança. Fiz essa cobrança no vestiário. Chamei e lembrei de quatro lances que erramos com a bola dominada. Com isso, o rival cresce. É um rival experiente, que se posiciona bem em campo. O trabalho do Mazola é muito bom – disse Carille.
– No gol deles, a bola estava conosco, erramos um passe e Ituano fez o gol. Isso passa pela juventude, Lucas Pires atuando pela primeira vez como titular Kaiky tem apenas 18 anos, Balieiro tendo a oportunidade de jogar. Não temos controle, sabedoria para conduzir o jogo. E passa por isso. Depois que fizemos o gol, a gente conseguiu envolver um pouco, mas na maioria do tempo não estamos sabendo jogar com o resultado a favor – completou.
Assim como na partida contra o São Bernardo, o treinador falou sobre a necessidade de cadenciar mais a partida e "descansar com a bola no pé". Carille também deu a entender que terá a chegada de reforços para o elenco. O Santos deve apresentar o lateral-direito Auro nesta segunda-feira e também tenta o empréstimo do volante Ronald, do Fortaleza.
– Precisamos descansar com a bola no pé, trocar passes, é melhor do que roubar a bola e entregar para o rival. Temos um grupo mais equilibrado do que no ano passado, com jogadores brigando por posição. A busca segue sendo para potencializar, e algo pode acontecer nos próximos dias.
Confira outros trechos da entrevista de Fábio Carille:
Utilização de jovens
– O Santos sempre foi e sempre vai ser um celeiro. Claro que tem fases e momentos. A base, desde quando cheguei, foi fundamental em alguns momentos. Mas não dá para ter toda essa cobrança e responsabilidade em cima dos garotos. Sempre lembro de momentos do Santos. Falo de 2009, quando faz a final com o Corinthians. Só tinham dois jovens, Neymar e Ganso. O restante era um time muito experiente, com o Kleber na frente, Madson, Fabão, Triguinho... Precisamos do respaldo de jogadores mais experientes, que tem sido nossa busca, para dar suporte a esses garotos. Ângelo, Marcos Leonardo, Derick... São muitos trabalhando conosco, empenhados, buscando ser melhores. Esperamos que eles possam responder.
Impaciência da torcida
– O torcedor tem que acreditar em quem está aqui. Criou-se a expectativa de um ano brilhante, mas não será assim. Será melhor que ano passado. O presidente, junto com Edu (Dracena), correu atrás. Chegaram dois jogadores. Ainda não dá para trazer esse peso para o Bruno Oliveira. Ele pertence à Caldense e foi destaque no Vitória. Não dá para trazer essa responsabilidade. O presidente está com pés no chão, querendo acertar mais dívidas. Reerguer o Santos. Pode-se ter criado uma expectativa. Estamos trabalhando para fazer o melhor para o Santos. Não vou falar em nomes, mas já estamos vendo alguns jogadores assustados com a pressão. Cada um é de um jeito, alguns precisam de um pai, outros não.
Atuação de Balieiro
Imagem: Divulgação / Santos
– Estamos tranquilos em relação ao Balieiro. Sabemos o que ele pode fazer. Meu auxiliar tem ajudado para que ele cresça em outras coisas. Ele é interessado, com uma disposição acima da média, faz uma função muito importante, fez uma partida muito segura. Sabemos o que ele pode nos entregar, e é isso que vou cobrar.
Ricardo Goulart
– O Ricardo já viveu de tudo na vida. Quando o conjunto melhorar, vai criar mais situações para ele. Ele é inteligente e flutua para abrir linha de passes. Ainda não encontramos o espaço para jogadores enfiarem as bolas. Ele vai entendendo os jogadores e assim vamos crescendo. As chances são grandes de não levar o Goulart para Mirassol. Tem uma importância de fazer três jogos na Vila. Ele atuou de quinta para domingo, e talvez seja pesado para a sequência. Tem chance de não ir para Mirassol. Vamos definir a partir de amanhã.
Balieiro ou Camacho
– Um sistema com três zagueiros não precisa de volante tão marcador. Não tínhamos o Sandry. Não vou conseguir fazer com que o Camacho seja Balieiro. Com três zagueiros, é possível ter volantes de saída e menos pegada. Se for contra um meio-campo mais cadenciado, como Giuliano e Renato Augusto, casa melhor como foi contra o Corinthians. Se for movimentação maior do que a gente, Balieiro pode ser mais importante.
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