Entenda as posições em que ele tem condições de atuar no Timão e veja balanço sobre a quantidade de jogos nas últimas temporadas após seguidos problemas físicos
Desde que a possibilidade do meia Philippe Coutinho jogar no Corinthians surgiu, a torcida tem tomado as redes sociais especulando não só quando esse "sonho" vai se tornar realidade e também como o jogador poderia se encaixar no time hoje comandado por Fernando Lázaro.
Coutinho chama a atenção por ser um meio-campista habilidoso, com possibilidade de jogar também pela ala e com excelente capacidade de finalização de fora da área. Por outro lado, o jogador tem sofrido seguidas lesões e há bastante tempo não consegue brilhar, como aconteceu no período em que esteve no Liverpool.
Foto: Naomi Baker/Getty Images
A pedido do ge, o analista tático Leonardo Miranda e o comentarista Alexandre Lozetti traçaram um panorama de como o meia pode se encaixar no time e como foram seus anos mais recentes da carreira. Atualmente, ele está no Aston Villa, da Inglaterra.
O Timão segue otimista pelo reforço, mas sabe que a negociação não será fácil e deve demorar a ter um final, já que será preciso aguardar pela janela europeia para o próprio clube inglês sentir como está o mercado para o jogador brasileiro de 30 anos.
Pesa a favor do Corinthians a presença do empresário iraniano Kia Joorabichian na intermediação do negócio. Kia vê como bons olhos a possibilidade de trazer o jogador ao Timão em 2023.
Mas, afinal, como joga?
Atualmente, Renato Augusto é o dono da posição de meia do Corinthians, com a função de construir jogadas de ataque, descontruir linhas e deixar os atacantes na cara do gol. Posição que poderia ficar a cargo de Coutinho, mas o meia também pode jogar aberto.
Veja a análise de Leonardo Miranda:
"Philippe Coutinho é um meia-atacante clássico. Ele é um jogador que finaliza bem, entra na área, gosta de acelerar e pensar o jogo para os atacantes. É mais agressivo que Giuliano e Renato Augusto, que têm essa características de meias, e um pouco menos atacante do que Róger Guedes e Romero.
Ele joga nas três posições atrás do centroavante no 4-2-3-1 e fez essa função tanto no Bayern como no Aston Villa, tanto como meia mais centralizado como saindo de um dos lados do campo e se juntando aos volantes, como uma espécie de falso-ponta. É um jogador que agrega muito com a bola, dá uma qualidade e velocidade impressionante a qualquer time, mas não tem por característica pensar de trás, o que Renato Augusto faz muito bem, por exemplo".
Aberto pela esquerda
"Com o Corinthians completo, dá pra imaginar alguma situações. A principal delas é Coutinho por um dos lados com Renato Augusto como meia centralizado. Com Yuri Alberto na frente, Róger Guedes e Romero brigariam por uma vaga de lado. Coutinho atua tanto pela direita como pela esquerda, sendo seu lado preferencial o esquerdo".
Meia
"Dá para imaginá-lo também como um meia solto no ataque, com liberdade para circular pelos lados. Com isso, Roger Guedes e Romero atuariam pelos lados. É um time bem agressivo e direto, quase um 4-2-4, com a possibilidade de ter um contra-ataque muito forte com o Roger e o Yuri Alberto"
Meia-atacante
"Outra forma que Lázaro pode encaixar o jogador no Corinthians é num 4-3-1-2, esquema que Steven Gerrard usou no Aston Villa por causa da chegada de Coutinho. Nesse esquema, Philippe teria liberdade para encostar nos atacantes e procurar os lados do campo, sem precisar pensar o jogo lá de trás, uma função que Renato Augusto já fez, no Corinthians e na Seleção, como um terceiro homem de meio de campo. É também como Róger Guedes, que teve algumas brigas com Vitor Pereira sobre atuar pelo lado, se sente mais confortável".
A dificuldade para jogar como no Liverpool
Na temporada 2022/23, Coutinho disputou 13 partidas e não fez gols. Nos últimos três jogos do Aston Villa, esteve com uma lesão na coxa e não pôde participar. Sua última aparição em campo foi em 29 de outubro, quando atuou por 29 minutos na derrota por 4 a 0 para o Newcasttle.
O jogador vem passando por uma série de problemas físicos. No fim de 2020, sofreu uma lesão no menisco externo do joelho esquerdo e só retornou em agosto do ano seguinte.
Formado nas categorias de base do Vasco, tem uma carreira bastante consolidada na Europa. Viveu seu melhor período no Liverpool, mas também passou por Barcelona, Bayern de Munique, Espanyol e Inter de Milão.
Para o comentarista Alexandre Lozetti, ainda é difícil saber se Coutinho seria capaz de entregar no Brasil o que entregou no passado em campo.
"Existe o que sabemos que Phillipe Coutinho é capaz de fazer, muito, e o pouco praticado, de fato, em alto nível desde que deixou o Liverpool. Já faz tempo e Coutinho não se reencontrou com seu melhor futebol. No Corinthians, reveria dois parceiros de Seleção: Paulinho, ao lado de quem atuou na Copa de 2018, e Renato Augusto, a quem substituiu naquele torneio, saindo do lado para o centro, numa manobra que não acabou sendo tão bem-sucedida.
Sua versatilidade é um ponto positivo, podendo jogar por dentro ou dos dois lados. Seu talento é superior ao que se vê no futebol brasileiro, em média. Seu profissionalismo jamais foi contestado. Mas, novamente, estamos falando de um jogador de quase cinco anos atrás. Seria suficiente para ser um diferencial proporcional ao salário no Brasil? A cobrança seria essa".
Fonte;ge.globo
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