Pilotos criticam asfalto do GP dos EUA: "Não está no nível da F1"

Verstappen e Hamilton apontam excesso de ondulações no Circuito das Américas; Alonso abandonou prova em Austin com danos ao assoalho

Palco do GP dos EUA, vencido por Max Verstappen neste domingo, o Circuito das Américas é comumente exaltado devido ao desenho do traçado. Entretanto, após triunfar em Austin, o holandês tricampeão foi um dos pilotos a direcionar críticas à pista em Austin - em especial ao asfalto do circuito texano.

- Precisa ser refeito, porque neste momento parece que encaixa melhor com um carro de rali. Estou pulando e saltando. Em um carro de F1, você provavelmente não vê tanto porque estamos colados no chão graças à carga aerodinâmica. Mas os saltos que temos em alguns lugares são em demasia. Não está no nível da F1 - opinou o tricampeão.

— Foto: David Buono

- Eu amo essa pista, honestamente, o desenho é incrível. Mas definitivamente precisamos de um asfalto novo, e precisa ser muito mais suave para os próximos anos. Temos pedido isso há alguns anos e não foi realmente feito.

A pista foi repavimentada no início de 2022, atenuando críticas não só da F1, mas também da MotoGP. Para a corrida neste domingo, a organização local também fez alterações nas curvas 12, 14 e 16. Após as desclassificações de Lewis Hamilton e Charles Leclerc, Mercedes e Ferrari atribuíram parte do desgaste da prancha do assoalho à pista acidentada no COTA.

- É irregular. Gosto de algumas ondulações porque adiciona caráter a um circuito, mas há ondulações demais. Enquanto pilotos, estamos abertos a discutir com eles (promotores) e ajudar. Da última curva até a linha de chegada, é suave, mas o resto é irregular. O pit lane é suave, mas há outras áreas que poderíamos corrigir e melhorar - declarou Hamilton.

O Circuito das Américas foi construído especificamente para sediar a Fórmula 1, como forma de amplificar a presença da categoria no mercado dos Estados Unidos. A pista estreou na temporada 2012, com vitória de Lewis Hamilton; o heptacampeão disputava a penúltima corrida pela McLaren antes de ir para a Mercedes.

A reintrodução do efeito solo na F1, em 2022, deixou os carros mais grudados no chão e potencializou as preocupações com o assoalho. Neste domingo, Fernando Alonso teve que recolher o carro da Aston Martin por danos em meio às ondulações de Austin.

- A pista aqui é brutal. É muito, muito difícil. E houve uma parte do assoalho, na direita, que simplesmente quebrou, meio metro de comprimento. Sabemos que esse é um circuito difícil. Você chega aqui e reforça tudo: os dutos de freio, os defletores, você fortalece tudo que conseguir fortalecer - disse Mike Krack, chefe da equipe britânica.

A F1 2023 segue para o GP do México, segunda etapa de uma rodada tripla nas Américas, já neste domingo, 29 de outubro

Fonte;ge.globo