Peso-pesado disputa semifinal do GP da organização nesta sexta-feira e sonha em escrever seu nome na história do MMA brasileiro
Quantos sonhos cabem nos mais de dois metros de altura de Renan Ferreira? Para um lutador que carrega "Problema" no nome, as soluções para a vida e a carreira passam por conquistas e premiações que podem mudar o patamar do atleta e de sua família. O peso-pesado Renan "Problema" Ferreira encara nesta sexta-feira o americano Maurice Greene pela semifinal da PFL 2023, com transmissão exclusiva do Combate, de olho na oportunidade que a fase final do evento representa para os competidores: o prêmio de 1 milhão de dólares (pouco menos de R$ 5 milhões).
- Esse prêmio muda a vida da pessoa. É mudar sua condição financeira, mas penso um passo de cada vez e tem muito para chegar na final ainda. Isso (dinheiro) me motiva porque tenho dois filhos, uma esposa e eu quero mudar a vida da minha família. Depois das batalhas, essa é a ótima consequência, o prêmio, e isso me motiva muito. Quero proporcionar uma casa confortável para os meus pais e para a minha família também. E educação melhor para os meus filhos, que é a base de tudo. Então é muito mais grandioso do que a vitória. Tem muitas pessoas da minha família que dependem disso - afirmou Problema.
Foto: Camilo Pinheiro Machado
Para superar mais um obstáculo no caminho para o tão sonhado milhão, Renan teve que alterar seu plano de treinos, já que o oponente classificado na temporada regular, Marcelo Nunes, se lesionou e a organização o substituiu por Maurice Greene. O brasileiro então precisou recalcular a rota do camp, mas se apoiou no ritmo intenso imposto pela dinâmica de calendários do PFL. Estar sempre preparado é uma necessidade neste tipo de evento.
- Eu já estava com a cabeça toda voltada para lutar contra o Marcelo, e seria uma luta mais agarrada, de grappling, mas o Marcelo machucou a mão, então tive que mudar a estratégia, chamamos uns caras maiores pro camp e estou super adaptado. (...) Esse ritmo do PFL te ajuda na preparação, mas ao mesmo tempo é muito cansativo. Não tem descanso. Acabou de lutar, 30, 40 dias depois já tem outra luta. O corpo fica preparado sempre, e tecnicamente a gente vai evoluindo.
O estilo agressivo, buscando desde o início o nocaute, pode ser adapatado por Renan em um estilo mais cauteloso, já que o objetivo principal na semifinal do PFL é passar para a final e não mais apenas pontuar. A vitória é prioridade em relação ao possível golpe devastador.
- Como sempre, espero causar problema para o adversário. Agressivo, andando para frente e sempre fiz lutas assim, independentemente do adversário. E claro que tenho um adversário duro (Maurice Greene), que já participou do UFC, experiente, mas sei do meu potencial e vou colocar o que eu treinei em prática. (..) Sempre busco o nocaute, mas ao mesmo tempo não é mais uma luta pra buscar pontuação. Então vou ter três rounds pra trabalhar. Claro que se houver a oportunidade vou buscar o nocaute, mas com cautela, sem me expor muito. E todo mundo sabe, mão de peso-pesado é aquilo, onde pega, derruba.
De Santa Tereza, interior de Goiás, Renan Problema se encontra agora na chamada "capital do mundo", Nova York. O brasileiro não simula naturalidade com a situação e quer buscar a vitória para seguir o que ele mesmo considera seu melhor momento no MMA.
- Eu venho de uma realidade bem simples como a maioria dos atletas brasileiros. Estar fazendo essa semifinal em Nova York tem um gostinho especial. Lutar onde grandes nomes já fizeram história e ainda mais fazendo uma luta principal do PFL. Então estou muito feliz e honrado por viver esse momento. (...) É uma vitrine muito grande, não só para o Brasil mas também para o mundo. Estou sendo mais visto e todos já sabem que eu parto pra cima mesmo e tenho esse jeito mais agressivo.
- Já teve muita polêmica falando do meu caráter, mas quem me conhece realmente sabe como é o Renan. Sabem do meu compromisso, do meu amor pelo esporte. Então é muito especial ter esse momento. Quero dar um show pra galera, e escrever meu nome como um dos grandes do MMA brasileiro - concluiu Ferreira.
Fonte;ge.globo
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