Técnico Abel Ferreira considera que calendário apertado pode fazer com que Verdão não consiga brigar pelos títulos da Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil juntos
O calendário com Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil tem preocupado no Palmeiras. Já campeão da Recopa Sul-Americana e Paulistão, o clube agora tenta encontrar formas de brigar pelos três títulos que restam em 2022.
Foto: César Greco
Mas o fato de as competições acabarem mais cedo por conta da Copa do Mundo no fim do ano faz com que Abel Ferreira não tenha certeza de que é possível disputar tudo.
– Terça-feira estamos aqui outra vez, este é o nosso destino, jogar de dois em dois dias, três em três dias. O problema é que é consecutivo. Uma semana, um mês, dois, três, vai ser até novembro. Honestamente, vamos ter que pensar muito bem quais são os tiros que temos que dar – ponderou.
– Já demos três (tiros), acertamos em dois e falhamos um, e agora temos mais três para dar. Não sei se vamos ter balas para atirar para todo lado. Entendo que o Palmeiras tem de entrar em todas as competições para ganhar, mas não sei o que vai acontecer no futuro. Nunca aconteceu uma coisa destas, fruto da Copa do Mundo, tem que acabar mais cedo – completou.
Com Mundial de Clubes e Recopa logo no início do ano, o Palmeiras adotou uma preparação agressiva para 2022, com o time bem forte fisicamente de imediato. Com isso, a avaliação é de que neste momento o grupo está perto do auge físico.
Mas o início de temporada com o pé no acelerador faz o Palmeiras temer uma queda de desempenho daqui a alguns meses. O rodízio de atletas tem sido a opção para conseguir se manter competitivo em todas as frentes.
Na semana passada, o Verdão conquistou o Paulista em cima do São Paulo e dois dias depois teve um longa viagem para Venezuela, onde fez sua estreia na Libertadores, contra o Deportivo Táchira.
Agora, o Palmeiras recebe na terça o Independiente Petrolero, da Bolívia. Como basicamente a equipe titular perdeu para o Ceará, a tendência é de que joguem os reservas na Libertadores.
Independente dos nomes escolhidos, o Verdão leva do revés de sábado, o primeiro em casa na temporada, a necessidade de ser mais "inteligente" para resistir a esta maratona.
– Percebi que não conseguimos fazer a pressão que a gente faz. É físico. E aí a gente tem que ser inteligente, ficar um pouco mais para trás para puxar contra-ataque – pontuou o zagueiro Gustavo Gómez.
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