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ONE: Sem pressa pelo cinturão, Buchecha avisa: "Tem muita coisa boa por vir"

  • Foto do escritor: MDD Sports
    MDD Sports
  • 3 de ago. de 2023
  • 5 min de leitura

Brasileiro enfrentará Oumar Kane nesta sexta-feira, no ONE Fight Night 13, e vai em busca de sua quinta vitória no MMA

Marcus Buchecha fará o quinto combate de sua carreira no MMA na próxima sexta-feira, quando enfrentará Oumar Kane no ONE Fight Night 13, em Bangkok, na Tailândia. Sem lutar desde agosto do ano passado, o faixa-preta disse que está pronto para seu próximo desafio. - Estou bem tranquilo, acho que por causa do treinamento que foi feito. Treinei bastante, fiz um camp muito bom, todo mundo me ajudou muito lá na American Top Team e estou me sentindo muito preparado. Vim um pouco antes aqui para a Tailândia para aclimatizar. Então já estou adaptado. Agora é só ir lá e lutar - disse, em entrevista exclusiva ao Combate. O Combate transmitirá o ONE Fight Night 13 ao vivo, a partir de 20h55. As duas primeiras lutas serão exibidas também ao vivo no YouTube e no Facebook do Combate. Em sua ainda curta carreira no MMA, Buchecha já teve alguns duelos adiados ou cancelados, e ainda vem se acostumando com esta realidade no novo esporte. Kane, por exemplo, ele já esteve prestes a enfrentar em duas oportunidades, e torce para que desta vez o confronto finalmente aconteça.

Foto: Divulgação/One Championship - Eu estou aqui, espero que tenha luta (risos). Mas eu já me frustrei muito no começo por essa luta ter caído duas vezes. Na primeira vez eu era muito novo no esporte, não esperava realmente que isso fosse acontecer, ficar caindo luta, mas todo mundo já tinha me avisado que ia acontecer muito, então a gente acaba aprendendo com a experiência mesmo. Mas se a organização amanhã me ligar e falar que a luta caiu e vão arrumar outro cara, eu estou preparado para isso também. Eu já estou nessa, a cabeça já está nesse pensamento. Estou preparado para lutar seja com quem for. Claro que se for com ele é perfeito, treinei no camp para ele, né? Mas se mudar na semana da luta, se mudar no dia da luta, eu também vou estar preparado. Isso não vai afetar em nada ali o meu objetivo e o meu plano de luta. - Estou tendo a oportunidade de lutar no berço do muay thai na Tailândia, que é o Lumpinee Stadium. As três arenas que eu sempre me imaginei lutando era essa, a de Saitama, no Japão, e o Madison Square Garden, em Nova York. Se eu conseguir completar essas três aí seria algo incrível para a minha carreira. Invicto no MMA com quatro lutas e dono do recorde de títulos mundiais na faixa-preta de jiu-jítsu, com 13 conquistas, Buchecha pode ter um caminho abreviado até o cinturão por conta de sua trajetória, mas ele garante que ainda não pensa nesta possibilidade - Sinceramente, não penso nisso. Eu quero lutar com todo mundo da categoria antes de lutar pelo cinturão. Tem bastante gente que eu não lutei ainda. Eu não estou com essa pressa. Eu quero lutar com todo mundo, com todos os nomes e quando chegar vai ser inevitável. Vai chegar a hora de lutar pelo cinturão. Até lá eu vou adquirindo uma experiência, mas com certeza o cinturão é o objetivo final.

Profissional no MMA desde 2021, o brasileiro vem se adaptando ao novo esporte, e entende que serão poucos os lutadores que irão aceitar fazer chão com ele. - Acho que os pensamentos dos meus adversários são iguais ao meu, que é acabar com a luta o quanto antes. Então eu tenho certeza que eles vão ali para acertar um nocaute. Eu acho que eles vêem a forma mais rápida. Se eu fosse lutar contra eu mesmo acho que é o que eu tentaria fazer, então eu tento ver tudo isso. Mas eles sabem o que eu quero também, que é poder usar meu jiu-jitsu e acabar com a luta. Fica aquele jogo de xadrez, e quem erra menos acaba ganhando. Eu acho isso muito bom também, é uma estratégia diferente, então eu sei o que eles querem, eles sabem o que eu quero,e vemos quem consegue mexer as peças e chegar mais rápido no objetivo. Acho que essa chama aí da competição, do jogo, é algo que me motiva muito a treinar. Realmente me apaixonei pelo MMA por causa disso. As mudanças de status entre as modalidades, de recordista no jiu-jítsu para iniciante no MMA, não afetam o faixa-preta, que revelou estar gostando muito desta nova fase de sua carreira. - Eu sou um cara que não tenho nenhum ego. Pode perguntar para qualquer pessoa que treinou comigo, qualquer companheiro de equipe. Eu sou um cara que sou finalizado várias vezes diariamente, então não ligo pra isso. Nunca liguei, e no MMA foi a mesma coisa. Eu, sinceramente, já não tinha mais vontade de acordar, ir para academia, botar o quimono, lutar mais um campeonato mundial. Chegou um ponto que eu queria quebrar os meus próprios recordes. Eu fiz isso. Consegui conquistar o que eu queria, que era me tornar o único a fazer algo no mundo e fiz, e eu já não tinha mais aquela vontade de treinar jiu-jitsu, de competir no jiu-jitsu, mas eu ainda tinha vontade de ser atleta. Acho que o MMA foi algo que caiu perfeito. Eu sempre tive vontade. Eu sempre falei que lutador tem que se testar com o kimono, sem kimono e no MMA, então faltava o MMA para mim. Eu queria fazer pelo menos uma luta na minha carreira. Mesmo se eu não gostasse do MMA, eu ia fazer uma luta, e acabou que eu gostei do treinamento, senti que foi algo novo, que reacendeu aquela chama de competição, a vontade de treinar diariamente. Foi perfeito. Então eu ainda quero ser atleta, não quero ser professor no momento. Estou bem, estou novo, estou saudável, então vou fazer isso. Eu estou me sentindo crescendo no esporte, aprendendo, evoluindo. Estou com quatro lutas, então acho que tem muita coisa boa por vir. - Chegou um momento na minha carreira, eu lembro que tinha oito títulos mundiais, e um repórter perguntou: “O que te motiva?”. Eu sempre falava aquela coisa, de que é porque eu quero ser o melhor, aquela resposta meio vazia, e desta vez, não sei por que, eu realmente achei a resposta. Eu falei, “O que que me motiva? Eu quero fazer algo que nunca foi feito. Eu quero fazer algo grande, quero ser o único a fazer algo, então vou conquistar mais títulos que todo mundo”. E começou ali. Eu já tinha oito títulos mundiais, acabei conquistando mais dois, empatei com o Roger Gracie, que na época tinha 10. Depois disso, eu conquistei mais três, e depois aquilo ali eu não queria mais quebrar o recorde de ninguém, eu queria ser melhor que eu mesmo, quebrar o meu próprio recorde, porque eu sentia que estava melhorando, tinha espaço sempre para melhorar. Então, depois que eu olhei para trás e vi que conquistei 13 títulos mundiais, eu sou o único do mundo que conseguiu essa conquista, foi algo muito grandioso pra minha vida, profissional e pessoal. Eu acho que esse aí vai ser um número que vai demorar um pouco para alguém quebrar. Foi bem difícil, mas foi uma realização pessoal e profissional.

Fonte;ge.globo


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