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Olimpíadas: Canadá perde recurso e fica com seis pontos a menos após espionagem

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Olimpíadas: Canadá perde recurso e fica com seis pontos a menos após espionagem

Corte Arbitral do Esporte (CAS) nega apelo de federação e comitê olímpico do país e mantém punição no torneio de futebol feminino dos Jogos. Time ainda pode se classificar


O Canadá recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas não escapou da perda de seis pontos no torneio de futebol feminino das Olimpíadas de Paris. A CAS anunciou nesta quarta-feira que negou recurso do Comitê Olímpico e da Federação de Futebol do país, mantendo a punição aplicada pela Fifa na competição. Desta forma, o time continua sem pontos somados, apesar de ter vencido nas duas primeiras rodadas.


Após superar Nova Zelândia e França, o Canadá está zerado no grupo A, mas ainda tem chance de avançar para as quartas de final se vencer a Colômbia nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília). Neste caso, as canadenses chegariam a três pontos e superariam as colombianas, que também têm três, no saldo de gols - e ficariam entre as duas primeiras seleções colocadas da chave, independentemente do resultado no confronto entre França e Nova Zelândia.

— Foto: AFP

- O Comitê Olímpico Canadense e a Federação do Canadá agradecem à Corte de Arbitragem do Esporte pelo processo rápido na audiência deste caso. Embora desapontados com o resultado de nosso recurso, elogiamos as jogadoras por sua incrível resiliência e coragem ao longo deste torneio, e estamos ansiosos para torcer por elas na partida de hoje contra a Colômbia - declararam as entidades canadenses.


A Fifa decidiu punir o Canadá com a perda de seis pontos no torneio de futebol feminino dos Jogos de Paris, além de aplicar uma suspensão de um ano na técnica Bev Priestman e nos assistentes Joseph Lombardi e Jasmine Mander - tudo após vir à tona a prática de espionagem por parte dos profissionais. A Federação Canadense foi multada em 200 mil francos suíços (R$ 1,2 milhão) por conta do escândalo. A denúncia foi feita por parte da seleção da Nova Zelândia, adversária canadense na estreia nas Olimpíadas.


Bev Priestman havia se retirado da estreia do Canadá na quinta-feira, devido à crise causada pela suspeita de espionagem. Horas depois do jogo, a federação comunicou que Priestman ficaria fora de toda a competição. Com a decisão da Fifa, ela não poderá ter qualquer atividade no futebol por um ano. O auxiliar técnico Andy Spence comanda o time no momento.


Ela se manifestou após a punição através de um comunicado divulgado por seus advogados. Bev pediu desculpas ao time pela perda dos pontos e aproveitou para defender o desempenho da seleção canadense, atual campeã olímpica. E disse que as conquistas da equipe são legítimas, apesar de relatos de que a prática de espionagem já existia na comissão técnica há algum tempo.


- Este programa e equipe permitiram que este país alcançasse o auge do futebol feminino, e a conquista da medalha de ouro veio por pura coragem e determinação, apesar dos relatos em contrário. Lutei com cada grama do meu ser para tornar este programa melhor, muito do qual nunca será conhecido ou compreendido - declarou.


Entenda o caso:


No início da semana passada, o Comitê Olímpico da Nova Zelândia havia denunciado à polícia francesa que um drone foi visto sobrevoando o local dos treinamentos de sua seleção feminina de futebol. Em seguida um membro da comissão técnica do Canadá foi identificado como o operador do aparelho. O comitê neozelandês fez uma queixa formal ao COI (Comitê Olímpico Internacional) e solicitou providências.


Na quarta passada, a seleção feminina canadense dispensou dois profissionais, que chegaram a ser detidos pela polícia local. O Comitê Olímpico do país anunciou que mandou embora para casa o analista Joseph Lombardi, que operou o drone, e a assistente Jasmine Mander, a quem ele se reportava. Lombardi seria um "analista não-credenciada".


O Comitê Olímpico Canadense pediu desculpas pelo incidente. Na sexta-feira, o diretor da Federação Canadense de Futebol, Kevin Blue, revelou que o ato não foi isolado. Foi aberta uma investigação sobre o possível uso sistemático de drones para espionagem, inclusive na seleção masculina, durante a Copa América, na qual a seleção canadense chegou à semifinal.


Uma reportagem da emissora TSN, do Canadá, revelou que a prática de espionagem existiu nas seleções masculina e feminina do país em competições nos últimos anos. Há registros, inclusive, das Olimpíadas de Tóquio, quando o time feminino canadense foi medalha de ouro e eliminou o Brasil nas quartas de final.


Fonte;ge.globo



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