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Marca registrada: Leclerc faz a pole em Baku com volta mágica no fim

Foto do escritor: MDD SportsMDD Sports

Monegasco vai largar pela sexta vez na posição de honra em 2022. Contudo, nas cinco ocasiões anteriores, venceu apenas duas. Fim de semana é marcado pelo equilíbrio entre Ferrari e Red Bull


Já virou rotina nas classificações da Fórmula 1. Q3, cronômetro quase zerado, todos os dez carros na pista para aquela última tentativa de conseguir uma posição melhor no grid de largada. Eis que aparece o carro vermelho número #16 da Ferrari. Primeiro setor: roxo (a cor na cronometragem que simboliza o melhor tempo de todos). Segundo setor: roxo. Terceiro: roxo. O fim é sempre o mesmo: mais uma volta mágica para Charles Leclerc. E foi exatamente o que aconteceu neste sábado nas ruas de Baku, no Azerbaijão. Enquanto Sergio Pérez, Max Verstappen e Carlos Sainz tentavam, o monegasco foi lá e cravou a sexta pole da temporada 2022, a 15ª da carreira, com 1m41s359, 0s282 à frente do mexicano da Red Bull.

Foto: Aziz Karimov/Getty Images

É impressionante a capacidade que Leclerc tem de apresentar um desempenho excepcional naquela em que é a situação de maior pressão no automobilismo. É um talento raro em um momento em que erros são inaceitáveis. É uma volta em que carro e piloto precisam trabalhar em extrema harmonia. E, sobretudo, aquele que comanda o volante não pode sucumbir. O monegasco é extremamente hábil nessas condições. E não é de hoje: vale lembrar que, em 2021, com a Ferrari SF21, ele não tinha um carro no nível dos de Red Bull e Mercedes, que dominaram a temporada, e mesmo assim cravou a pole nas duas ocasiões em que teve mínimas condições de competir: em Mônaco e justamente no Azerbaijão.


Isto posto, temos de falar do lado não tão positivo também. A taxa de conversão de poles em vitórias de Leclerc não é das melhores. Antes de Baku, ele havia vencido apenas quatro corridas nas 14 vezes em que largou na frente: um aproveitamento de apenas 28,5%. É exatamente o cenário de 2022: o monegasco largou na frente em cinco provas, mas só venceu no Bahrein e na Austrália, ainda no início da temporada. E vale lembrar que o fim de semana no Azerbaijão está sendo marcado pelo enorme equilíbrio entre Ferrari e Red Bull: o carro da equipe italiana está melhor no segundo setor da pista, aquele mais travado, cheio de curvas, enquanto o RB18 está à frente no primeiro e no terceiro, que têm as maiores retas do circuito. E vale lembrar também que Baku é uma pista que sempre proporciona corridas imprevisíveis. Ou seja: transformar a pole em vitória está longe de ser uma tarefa fácil para Leclerc.


Ainda mais se olharmos o grid de largada. Leclerc terá Pérez ao seu lado, Verstappen em terceiro e Sainz em quarto. O ideal para a estratégia da Ferrari seria contar com o espanhol fazendo uma espécie de escudo contra os carros da Red Bull. Mas ele não tem feito boas largadas, o que complica esta tarefa. Na equipe rival, pelo menos em um primeiro momento da corrida, o grande desafio para o monegasco será segurar o ímpeto de um motivadíssimo Pérez, que está com o contrato renovado, vem de uma vitória em Mônaco e faz um excepcional início em 2022. Isso sem falar no campeão e atual líder do campeonato: Verstappen sai pelo lado limpo, o que pode ser uma ameaça para Leclerc já na freada para a primeira curva. Uma corrida que promete desde o início.


Quem está sofrendo neste fim de semana é a Mercedes. Algo que já era esperado pela equipe, diga-se de passagem. Em uma pista que combina longas retas com trechos de baixíssima velocidade, o W13 voltou a sofrer com o Efeito Golfinho (entenda aqui) e ficou longe dos tempos marcados por Ferrari e Red Bull. Quinto colocado no grid, George Russell ficou 1s353 atrás do pole Leclerc e a 0s898 de Verstappen, que marcou o quarto tempo. Lewis Hamilton, por sua vez, ficou em sétimo, 212 milésimos atrás do companheiro. Os dois pilotos da Mercedes foram separados pelo francês Pierre Gasly, da AlphaTauri. E a equipe alemã, aliás, segue na luta para tentar resolver os problemas do carro e investiu em dois acertos diferentes para Russell e Hamilton, inclusive com uma tentativa fracassada de assoalho diferente para o heptacampeão. Não funcionou.


Além de Gasly em sexto, a AlphaTauri ainda teve Yuki Tsunoda em oitavo, confirmando o bom desempenho do AT03 neste tipo de pista. Fechando a lista dos dez primeiros, dois veteranos que sempre andam bem em Baku: com a Aston Martin, Sebastian Vettel avançou maus uma vez ao Q3 e vai largar em nono, uma posição à frente de Fernando Alonso, da Alpine, o décimo. Vale lembrar que o GP do Azerbaijão é sempre recheado de incidentes, em que o imponderável influencia muito. Além de ser muito exigente para os carros. É uma corrida de resistência. Não descartem, então, Vettel e Alonso na disputa de boas posições neste domingo.



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