Grêmio quer 300 mil sócios e mira R$ 100 milhões em receitas com Arena

Grêmio quer 300 mil sócios e mira R$ 100 milhões em receitas com Arena

Números ousados estão nas projeções do empresário Marcelo Marques, que comprou a gestão do estádio e a repassará ao clube no fim do ano

Para tornar a nova fase da Arena uma realidade positiva, o Grêmio aposta alto no apoio da torcida. Ao assumir o controle da gestão do estádio, o empresário e pré-candidato à presidência do clube Marcelo Marques fez uma convocação para que o Tricolor alcance a meta de 300 mil sócios – atualmente o número é de 100.232.

Em entrevista coletiva ao lado do presidente Alberto Guerra na terça-feira, o empresário explicou que a rentabilidade da Arena depende diretamente do torcedor. Para a operação dar lucro e refletir em novas receitas, um dos projetos é a venda de 25 mil cadeiras a um preço médio de R$ 300 por mês.

O sonho, se alcançado, renderia R$ 90 milhões por ano ao clube. O custo para abrir as portas do estádio é de R$ 50 milhões ao ano, em média, de acordo com informação passada pela Arena Porto-Alegrense à equipe do novo gestor.

– O torcedor não quer que o Grêmio seja vendido, não quer que o Grêmio vire SAF, eu sei disso. Mas tem que fazer a parte dele, tem que se associar.

Eu peço que esse gesto (compra da gestão) sirva para eles, para tocar no coração, que o Grêmio vai ser gigante. O Grêmio vai botar para derreter, mas precisa ter 300 mil sócios – afirmou Marques.

Para incentivar a presença de público, a expectativa é que preços mais baixos nos ingressos comecem a ser praticados ainda neste ano. Inclusive, há promessa de valores promocionais no jogo decisivo do playoff da Sul-Americana, no dia 23, contra o Alianza Lima. A primeira partida ocorre às 21h30 desta quarta em Lima, no Peru (cliquei aqui e acompanhe).

Até dezembro, haverá um período de transição, no qual a empresa Arena Porto-Alegrense continua na administração do estádio, com a ingerência de Marcelo Marques.

O Grêmio, como clube, espera assumir de vez a gestão a partir de 2026, quando o empresário já pode estar na presidência – os demais pré-candidatos começaram a anunciar a desistência.

– Aumentar o número de sócios, vender todas as cadeiras, depois implantar o check-in e, esses ingressos que sobram para o check-in, ter preços bem atrativos, bem atrativos mesmo, para a Arena sempre ter no mínimo 30 mil pessoas. Esse é o nosso objetivo no futuro – acrescentou o empresário.

Com a chegada de Marcelo Marques, o que não falta é empolgação. Ao falar de números, o empresário mostra entusiasmo. Segundo ele, se ocorrer a sinergia entre clube, torcida e estádio, o orçamento do Grêmio pode ganhar um incremento de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões ao ano.

– O nosso cálculo financeiro é que, pagando os custos e o que ela (Arena) vai trazer de benefícios, sendo pessimista, uns R$ 50 milhões por ano a mais para o clube, líquido. E sendo otimista, uns R$ 100 milhões. Aí vai depender do torcedor – projetou.

Depois do compromisso no auditório da Arena, o presidente Alberto Guerra viajou ao Peru, onde falaria diretamente aos jogadores sobre a importância de fazer um bom enfrentamento nesta quarta diante do Alianza Lima.

A compra da gestão da Arena feita por um torcedor do Grêmio será utilizada como discurso de motivação dentro do vestiário. O objetivo é voltar vivo para a segunda partida do playoff da Sul-Americana daqui uma semana e dar o primeiro passo de uma nova era entre estádio e torcida.

Presidente Alberto Guerra e pré-candidato Marcelo Marques trocam abraço — Foto: Ângelo Pieretti / Grêmio FBPA

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