Espanhol sofreu danos extensos ao SF-23 ao passar por tampa de bueiro no TL1; chefe Fred Vasseur destaca custos extras e intervalo entre bandeiras amarela e vermelha
Os danos ao carro de Carlos Sainz, que passou por cima de uma tampa de bueiro e gerou bandeira vermelha no TL1 do GP de Las Vegas, levantaram uma questão: de quem é a conta, afinal? Perguntado sobre os custos para reparo do SF-23, o chefe de equipe Frederic Vasseur garantiu que a Ferrari vai conversar com a organização da corrida em Nevada - na prática, a Liberty Media e a própria F1 - para buscar compensação financeira.
- Isso vai ser uma discussão privada que vou ter com os acionistas (dessa corrida). Não há provisão no orçamento ou no teto de gastos para excluir os acidentes. Você certamente tem vários custos extras. O tear foi danificado, a caixa de câmbio foi danificada, a bateria foi danificada, o motor morreu - disse Vasseur, acrescentando:

Foto: Chris Graythen/Getty Images
- Temos muitas consequências no lado financeiro, no lado esportivo e até no estoque de peças de reposição. Do lado orçamentário, definitivamente não é fácil.
Vasseur também indicou que levantaria a discussão sobre a exclusão de custos relacionados a danos em incidentes que não envolvem responsabilidade do piloto ou da equipe do limite orçamentário da F1 - mas disse que, após o debate, a decisão "é outra coisa".
Em 2019, George Russell - hoje na Mercedes - viveu um incidente similar com a Williams no GP do Azerbaijão. O britânico passou por cima de uma tampa de bueiro no treino livre 1 e também sofreu danos no assoalho do FW42; então chefe de equipe, Claire Williams definiu o episódio como "inaceitável".
Por fim, a organização da corrida em Baku arcou com os custos do reparo, recorrendo à própria apólice de seguro para cobrir o valor. Os promotores do GP da Malásia de 2017 também compensaram a Haas após Romain Grosjean sofrer com uma tampa de bueiro em Sepang.
O dirigente da Ferrari também alegou que, em Las Vegas, os fiscais de pista já haviam visto algo estranho na pista quando acionaram a bandeira amarela. Sainz passou pelo bueiro segundos depois e quebrou, gerando a bandeira vermelha e a posterior suspensão do TL1.
- Também teríamos que discutir as circunstâncias do incidente, porque não é só sobre a tampa saindo. (...) Você não aciona a amarela por antecipação. O cara que instaurou a bandeira amarela, e também a colocou no meu painel, que é algo que vem do controle de corrida, viu algo. E aí levou um minuto para acionar a vermelha quando é uma reta, uma parte metálica e você está a 340 km/h. Eles não falaram nada (sobre detritos). Não sabíamos a razão para a bandeira amarela - completou Vasseur.
A 22ª e última corrida de 2023 será o GP de Abu Dhabi no Circuito de Yas Marina, já no próximo domingo, 26 de novembro. A F1 retorna em 2024 a partir de 2 de março, no Bahrein. Confira calendário.
Fonte;ge.globo

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