Entenda como Raphael Veiga recuperou espaço em nova função e virou 12º titular no Palmeiras
Meia voltou a jogar a partir da lesão de Estêvão e foi decisivo na vitória contra o Atlético-MG
Raphael Veiga tinha se tornado reserva no Palmeiras e voltou aos 11 iniciais com a lesão de Estêvão. Nos dois jogos em que ocupou a vaga da jovem estrela, o meia teve boas atuações e decidiu a vitória por 2 a 1 do sábado, contra o Atlético-MG, com dois gols de pênalti.
As exibições elogiadas marcam um reinício para o camisa 23, que tinha caído de rendimento e perdera a vaga para Maurício. Agora, ele faz o Verdão ter "12 titulares", enquanto é aguardado o retorno do camisa 41, em tratamento após machucar a coxa.
Foto: Marcos Ribolli
Contra o Vasco e Atlético-MG, Veiga atuou aberto pela direita, com Maurício centralizado e Felipe Anderson na esquerda. Por característica, com a bola se apresentou nesses dois jogos como um meia partindo do lado do campo em vez de um ponta tradicional, como Estêvão.
Além dos dois gols contra o Galo, chegou a acertar a trave diante do Vasco e nos dois jogos teve mais influência defensiva sem bola, voltando para marcar o lateral adversário.
Apesar da sequência favorável, ele sabe que assim que Estêvão estiver em condições, corre o risco de voltar ao banco de reservas. Para o armador, porém, este é um problema de Abel Ferreira.
– Eu me cobro para ser decisivo e consegui ser. Todos sabem o momento do Estêvão, torço muito por ele, muito mesmo, e quando ele voltar, o Abel vai ver o que vai fazer, deixo a responsabilidade com ele. Já joguei aberto, centralizado, até de volante. Independente de onde começar é tranquilo, estou aqui para ajudar – resumiu.
Thiago Ferri analisa importância de Raphael Veiga e Dudu na vitória do Palmeiras
Veiga é o quinto jogador com mais partidas na temporada do Palmeiras (48), vice-artilheiro (12 gols) e o terceiro com mais assistências (7). Mas vinha em uma sequência de dez partidas sem participar de gols e com desempenho abaixo do seu melhor nível.
Após a queda na Conmebol Libertadores para o Botafogo, a decisão de Abel Ferreira foi dar um descanso para o meia, seu homem de confiança. Maurício entrou na equipe, teve bom desempenho e foi mantido. A equipe, assim, encaixou.
– Entender que os jogadores não são máquinas, sempre obrigado a render o máximo. O Veiga não estava bem, tive conversas com ele e eu se calhar insisti mais vezes do que era necessário. O jogador fora não é castigar, é entender que é preciso ficar fora para ganhar novas energias, às vezes até para ficar chateado com o treinador – explicou o técnico.
– Não quero que quem fique fora esteja satisfeito, porque senão é porque está acomodado e temos de trocar. Não gosto de jogadores acomodados. Ele deu a resposta, é fundamental um elenco ter bons jogadores, porque a competição é primeiro contra mim mesmo e colegas de equipe – prosseguiu.
Segundo Raphael Veiga, as críticas que recebeu no início do segundo turno não o abalaram.
– Mentalmente sou muito tranquilo e equilibrado. Não era por não jogar tão bem que era uma pessoa e que agora sou outra. Sou a mesma pessoa, fazendo gols ou não. Não sou dependente de elogios nem de críticas. Consigo suportar as coisas. Mais do que imprensa, torcida, dentro de mim tem uma cobrança muito maior. Estou mais maduro e pronto para suportar tudo isso e ser decisivo – avisou.
Como ainda está em tratamento, a tendência é de que Estêvão fique fora do jogo de sábado, contra o Bragantino, pela 29ª rodada do Brasileirão.
Será mais uma oportunidade para Raphael Veiga confirmar o momento de recuperação, ainda que fora de sua função de origem.
Fonte;ge.globo
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