Rui Costa fala sobre processo de adaptação do jogador ao Brasil e nega qualquer tipo de privilégio ao colombiano
O meia James Rodríguez ainda não estreou pelo São Paulo em 2024. Em busca de sua melhor condição física, o jogador sequer foi inscrito no Campeonato Paulista.
Em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN, Carlos Belmonte, diretor de futebol tricolor, e Rui Costa, executivo do departamento, disseram que o jogador colombiano não tem qualquer tipo de privilégio por ser astro na seleção da Colômbia e, também, por uma possível insatisfação do meio-campista por não ter atuado tanto na temporada passada - foram só 14 jogos.
Rui Costa foi categórico ao dizer que o jogador é quem deve se adaptar ao clube e não o contrário, ressaltando que a instituição é maior e sempre estará a frente de qualquer atleta.
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Foto: Marcos Ribolli
– Ele é o James, mas respondendo outro aspecto do questionamento: o James vai se adaptar ao São Paulo. Ele precisa se adaptar ao São Paulo, como o Lucas se adaptou ao São Paulo e como todos os atletas que chegam adaptam-se ao São Paulo, por uma questão de princípio, porque ninguém é maior que o São Paulo – disse Rui.
Durante sua explanação, Rui Costa ressaltou a competitividade e capacidade técnica do elenco, lembrando que a equipe terá uma longa temporada, com cerca de 70 partidas, e que, portanto, é necessário ter um elenco com profundidade, no qual todos terão a oportunidade de mostrar seu futebol.
– No perfil do nosso elenco hoje, todos querem ser titulares, né! Não se conquista nada apenas com 11 titulares. [...] Nós temos em torno de 75 jogos na temporada. No ano passado foram 70 jogos, se não me falha a memória, é impossível jogar um elenco de 11, 12 jogadores.
– Isso está muito claro, inclusive, outros treinadores falaram sobre isso ao longo da semana, que essa época do ano no futebol brasileiro você precisa ter grupo, e é isso que nós buscamos. Nós temos um grupo hoje, no qual todos terão oportunidade desde que conquistem tecnicamente esse espaço no time – destacou o diretor executivo.
O futebol brasileiro tem diversas peculiaridades que, em muitos casos, tornam a adaptação de jogadores estrangeiros mais demorada. Nesse sentido, o diretor tricolor pontuou que a adaptação de James e sua atual situação no clube vão muito além de sua titularidade ou não.
– Então, ele, dentro de suas características muito bem destacadas pelo Belmonte, e vocês conhecem há muito tempo, pois ele é um jogador global, ele precisa se adaptar não só ao clube, mas também à liga que ele está, ao fato de que se joga a cada 72 horas, ao fato de que nós fazemos deslocamentos de um país continental e se sai de uma temperatura baixa para uma temperatura alta e que os padrões de gramado não são necessariamente os mesmos. Então o processo de adaptação do James ao futebol brasileiro é muito mais amplo do que simplesmente ele buscar a titularidade - concluiu Rui Costa.
Em complemento ao que foi dito por Rui Costa, Carlos Belmonte fez questão de destacar o impacto que James Rodríguez já causou no São Paulo mesmo sem ter tido, ainda, um desempenho influente dentro de campo.
- Vamos dizer que o James não entregue todo o esperado dentro de campo, o que ele já nos entregou já é muito. O James já mudou o patamar do São Paulo na contratação, o James nos gerou muitos recursos a partir da chegada dele, então, se no campo ainda não tivemos o rendimento esperado, porque ele passa por um processo físico e, é um atleta excepcional, ele é um dos primeiro a chegar no CT, trabalha muito, se dedica muito aos treinamentos, então, nós não temos nada a falar sobre o James. - completou Belmonte.
Ambos os diretores ainda fizeram questão de destacar que a decisão de escalar qualquer jogador cabe exclusivamente ao treinador Thiago Carpini.
Por fim, Belmonte garantiu que nunca houve uma reclamação formal de James em relação a situação dele no time, mas que eles sempre têm conversas em prol de uma melhoria do meio campista no Tricolor.
- Com relação às conversas com o James, elas acontecem com todos os atletas o tempo inteiro. Todos os atletas querem jogar e essas conversas são absolutamente normais. Se eu disser que houve uma reclamação do James em algum momento... Não! Nunca houve uma reclamação do James. O que há são conversas, o próprio James já nos procurou, já esteve comigo e com o Rui e perguntou o que poderia fazer, no que poderia melhorar, o que estávamos achando. A conversa sempre é nesse sentido com o James, de buscar um melhor espaço dentro do todo. Isso já aconteceu com o Dorival, acontece com o Carpini e não é exclusivamente com o James - garantiu Belmonte.
Fonte;ge.globo
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