Grande destaque do Brasil, oposto comenta provocações dos ucranianos: "Perderam o jogo ali"
O jogo estava no quarto set quando a Ucrânia quis mudar a tática. Ao perceber o Brasil voltar à luta, tentou provocar. Ali, Darlan viu que não tinha volta. Apesar das dificuldades, o grande nome da seleção na vitória sobre os rivais, na noite de quarta-feira, teve a certeza de que o resultado não poderia ser outro.
- Essa provocação deles, com todo o respeito, eles perderam o jogo ali. Eles não conhecem o brasileiro. Quando alguém provoca, vamos até o final. Com tudo. Ali, naquela hora, eu falei: “Eles não vão ganhar nem ferrando”.

Foto: André Durão
Teve razão. Em uma virada conquistada no limite, o Brasil se manteve vivo no Pré-Olímpico do Rio de Janeiro. Com o triunfo, a seleção segue na briga por uma das duas vagas em disputa para os Jogos de Paris, no ano que vem. Darlan, que veio do banco, teve papel de destaque. Mais uma vez.
Darlan tem 21 anos. Ainda está no início de seu caminho junto à seleção. Aos poucos, porém, conquista seu espaço. Carismático, não demorou a virar o grande xodó da torcida brasileira. Nas partidas no Maracanãzinho, é o nome mais gritado. Assim como “Naruto”, seu anime preferido e inspiração para o “jutsu”, movimento com as mãos que virou sua marca registrada nos saques.
O oposto saiu de quadra com 23 pontos - mesmo número que havia feito contra a República Tcheca. No Pré-Olímpico, é o maior pontuador do Brasil, com 61 no total. Feliz com a fase, espera ajudar ainda mais a levar o Brasil a Paris. A seleção, que folga nesta quinta-feira, volta à quadra na sexta, contra Cuba. As equipes se enfrentam às 10h, com transmissão do sportv2 e cobertura completa do ge.
- Não desistam da gente. Vai ter jogo difícil, vão ter altos e baixos. Mas vamos estar sempre em busca da vitória. E não vamos desistir nunca.
Não foi apenas no ataque que Darlan ajudou a mudar o jogo contra a Ucrânia. O oposto, ao explodir a cada ponto, chamou a torcida e deu gás à reação brasileira. E ele garante que é o único jeito que consegue atuar.
- É uma das coisas que eu posso agregar ao grupo. Muitas das vezes, eu sou a pessoa que vai chacoalhar, chamar todo mundo. Posso tomar 50 tocos. Vou fazer um ponto e vou gritar. É isso. Esse é o meu jeito, sempre foi. Gostei muito que a torcida me “comprou”. Vamos até o final, não vou desistir nunca. Esse é o meu jeito. Se o pessoal não gosta, infelizmente não posso fazer nada. Eu vou continuar a chamar a torcida, a chamar todo mundo que puder.
O Brasil ainda depende só de si para buscar a vaga. O ponto perdido por conta da vitória por 3 a 2, porém, pode cobrar o preço no fim. A seleção segue em quarto lugar, com sete pontos conquistados em três vitórias. À frente, Alemanha (12), invicta, Cuba (9) e Itália (9). A seleção precisa vencer seus próximos jogos para se manter na briga.
- O foco é natural. É o meu sonho desde que eu me tornei atleta. É o sonho de muita gente. Quando o juiz apita, é foco total. Eu sou um pouco mais descontraído. Então eu danço, faço não sei o que. Mas é sempre muito focado. Vamos estudar Cuba, fazer tudo para estar 100%.
Fonte;ge.globo

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