Segundo melhor brasileiro no ranking mundial, Bellucci lamenta alta cobrança sofrida durante a carreira: "Criticavam meu mental, mas essa sempre foi a parte forte para mim. Foi o físico que me barrou"
Depois de 19 anos de dedicação ao tênis, Thomaz Bellucci abriu o jogo na sua coletiva de despedida, após ser eliminado no Rio Open, na noite desta quarta-feira. Foi sem filtros, como raramente esteve na carreira, e falou sobre o peso da responsabilidade de ter representado o país no tênis depois de Guga.
Thomaz Bellucci se emociona em discurso após encerramento de carreira: "Não foi uma jornada fácil"
Foto: imagens - Fotojump
-- Sempre teve muita expectativa em cima de mim e isso não foi bom, já que eu também me cobrava muito. Hoje eu deveria ter mandado muita gente para aquele lugar, me importava muito com a opinião dos haters, deveria focar mais em quem se importava comigo. Muita gente criticava o meu mental, essa sempre foi a parte forte para mim. Foi o físico que me barrou -- garantiu Bellucci.
O brasileiro, que alcançou o ranking de 21 do mundo em 2010 - atrás apenas de Guga entre brasileiros, lembrou dos bons momentos representando o país na Copa Davis e nas Olimpíadas, mas falou das dificuldades de ser um atleta no Brasil.
-- Aqui a gente tem que fazer tudo sozinho, no início meus país me ajudavam bastante era muito perrengue -- disse o paulista.
Quando foi perguntado sobre a falta de reconhecimento no país, Bellucci mais uma vez foi franco e acredita que isso precisa vir dos outros e que pode acontecer agora, depois da sua aposentadoria.
-- Para mim, o reconhecimento sempre foi algo que deveria vir de fora. Eu não vou ficar aqui dizendo como eu deveria ser lembrado, mas muita gente fala que o reconhecimento de verdade só vem quando o atleta aposenta -- pontuou Bellucci.
Sobre os próximos passos, Bellucci não pretende se afastar do tênis. Agora quer seguir como treinador ou implementando sua ideias de jogo com os anos de experiência -- Quero uma maneira de passar minha experiência para os jovens atletas. Tenho muito a contribuir como treinador agora, me especializar, fazer cursos, estar mais envolvido no mundo dos treinadores -- finalizou o paulista.
Fonte;ge.globo
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