Montadora alemã, que já competiu na Fórmula E entre 2014 e 2021, vai produzir motores na Fórmula 1 sob vigência do futuro regulamento de unidades de potência
Com vistas ao fim de seu vínculo com a Alfa Romeo na F1 em dezembro de 2023, a Sauber pavimentará o caminho para a estreia da Audi na categoria a partir de 2026 - quando entra em vigor o novo regulamento de motores. A montadora alemã se tornará "parceira estratégica" do time suíço - que corre como "Alfa Romeo" na F1 - e pretende adquirir participação em ações do Grupo Sauber.
- A parceria entre a Audi e a Sauber é um passo fundamental para nossa equipe, à medida que continuamos progredindo à frente do grid. Tornar-se a equipe oficial de trabalho da Audi não é apenas uma honra e uma grande responsabilidade: é a melhor opção para o futuro. Estamos totalmente confiantes de que podemos ajudar a Audi a atingir os objetivos que eles estabeleceram para sua jornada - comentou Fred Vasseur, chefe do time na F1.

Foto: Divulgação
A marca já havia confirmado sua pretensão de entrar na F1 em agosto, mas apenas nesta semana anunciou a parceria com a Sauber. O projeto prevê que as unidades de potência sejam construídos em Neuburg, base da Audi na Alemanha, enquanto os carros seguirão desenvolvidos pelo time fundado por Peter Sauber na fábrica de Hinwil, na Suíça.
O time, assim como atualmente, permanecerá cuidando da execução de operações de competição na F1. A Audi, já presente no Mundial de Endurance (WEC), também vem de um projeto extenso no automobilismo de fórmula, tendo competido como equipe na Fórmula E entre 2014 e 2021.
- Já conhecemos o Grupo Sauber com suas instalações de última geração e uma equipe experiente de colaborações anteriores. Estamos convencidos de que juntos formaremos uma equipe forte - celebrou Oliver Hoffmann, que dirige o programa de F1 da Audi.
Apesar do fim da parceria com a Alfa Romeo, a equipe representada por Valtteri Bottas e Guanyu Zhou continuará utilizando os motores da Ferrari, da qual é cliente, até 2025. No mesmo ano, a Audi pretende já iniciar os testes práticos com a unidade de potência que segue em desenvolvimento hoje, com mais de 120 pessoas.
O regulamento de motores de 2026 atualizará as normas para as unidades de potência pela primeira vez desde a introdução dos V6 turbo em 2014.

O plano da F1 se baseia nos objetivos de fomentar o entretenimento por meio da competição, promover sustentabilidade ambiental e financeira e tornar a categoria mais atrativa para novas montadoras.
- A FIA continua impulsionando inovação e a sustentabilidade, e os regulamentos da unidade de potência da Fórmula 1 de 2026 são o exemplo mais importante dessa missão. A introdução de uma tecnologia avançada de unidades de potência junto com combustíveis sintéticos sustentáveis alinha-se ao nosso objetivo de oferecer benefícios para os usuários de carros de rua, e de cumprir nosso objetivo de sermos carbono zero até 2030. A Fórmula 1 está desfrutando de um imenso crescimento e estamos confiantes de que esses regulamentos se basearão na emoção que nossas mudanças de 2022 produziram - comentou Mohammed ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) em agosto deste ano.
Outros projetos
Quem também faz planos ambiciosos para 2026 é a atual pentacampeã de construtores, RBR. O time chefiado por Christian Horner está desenvolvendo seu motor próprio, denominado RB Powertrains, contando com suporte da Honda, sua atual fornecedora - que chegou a retirar-se da F1. O objetivo da equipe é de ter plena autonomia na condução das unidades de potência com o novo regulamento.
Confira a classificação atualizada do campeonato
A Porsche, que também tem uma equipe na Fórmula E, é outra marca que visa a F1 nos próximos anos. A montadora alemã, que faz parte do grupo VW ao lado da Audi, ensaiou um acordo de parceria com a RBR, mas desistiu do projeto em conjunto por desacordo de ideias - a RBR recusou vender parte da equipe.

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