Derrotado, em baixa e gravemente ameaçado de rebaixamento, Peixe tende a sofrer psicologicamente depois da humilhação para o Internacional no Beira-Rio
O Santos está aos cacos depois da histórica goleada por 7 a 1 diante do Internacional. Fora a humilhação pelo resultado em si e a manutenção do time na zona do rebaixamento, a derrota apresenta um perigo que precisa ser levado em consideração para o futuro próximo. Afinal, como ficará o psicológico da equipe depois do que aconteceu no domingo?
O atual elenco teve a proeza de registrar a pior derrota do Peixe em toda a história do Campeonato Brasileiro - igualando o fatídico 7x1 para o Corinthians, em 2005. Ao contrário daquela temporada, quando terminou na 10ª colocação em um campeonato disputado por 24 clubes, a goleada deste ano tem um gigantesco potencial destrutivo no emocional do grupo.

Foto: Twitter / Santos FC
Embora as torcidas organizadas tenham concordado com uma trégua nas críticas em uma espécie de pacto pela permanência do Santos na elite do futebol brasileiro, a pressão certamente aumentará. No domingo, nomes como Kevyson, Dodô, Dodi, Lucas Lima, Lucas Braga e Nonato demonstraram, ainda no gramado do Beira-Rio, sentir o peso do resultado.
É chegada a hora de a diretoria blindar o grupo e, sabe-se lá como, trabalhar a autoestima dos atletas. Ao lado da comissão técnica, os mais experientes, como João Paulo, Tomás Rincón e Jean Lucas, serão peças essenciais nos próximos dias para que a pressão não entre no CT Rei Pelé, e o grupo mantenha a tranquilidade para trabalhar em um momento tão delicado.
Para piorar o cenário de crise interna e oscilação do desempenho, o Santos se depara com o crescimento de Bahia e Internacional nesta reta final. O Cruzeiro, rival direto na briga contra o rebaixamento, conquistou uma importante vitória no clássico mineiro no último domingo e pode engrenar nas próximas rodadas.
Neste momento, a briga santista pela permanência se concentra em Vasco, Goiás e Corinthians. A cada semana, as chances do Peixe se tornam menores, e uma resposta rápida é mais do que necessária.
Restam dez rodadas para o fim da temporada, e o cenário é preocupante. O Santos tem cinco jogos na Vila Belmiro, e outros cinco fora de casa. Pela frente, confrontos diretos com Coritiba, Corinthians, Cuiabá e Goiás, e partidas complicadíssimas como visitante contra Flamengo, Botafogo e Athletico-PR.
O grupo já demonstrou, sob o comando de Marcelo Fernandes, que pode reagir. Resta saber se a goleada terá um impacto negativo – o que seria o normal – ou se o elenco terá forças para deixar o resultado vexatório de lado e salvar a temporada nas oito semanas que restam até o término do Brasileirão.
Fonte;ge.globo

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