Atuação consistente e segura contra uma Nigéria que abusou da velocidade e do jogo físico dá ainda mais confiança para uma Seleção que se viu pressionada desde o susto na estreia
Mais do que uma vitória, um recado para os rivais de que o Brasil é, sim, um dos grandes candidatos ao título deste Mundial Sub-20. Se o cochilo nos 45 minutos iniciais contra a Itália gerou olhares atravessados, a atuação segura e consistente diante da Nigéria é o carimbo de força - principalmente para quem relativizou o 6 a 0 pela fraqueza da República Dominicana.
Em um grupo apontado como da morte desde o sorteio, a Seleção de Ramon se viu em situação ainda mais crítica após a estreia e sobreviveu. Ou melhor, esbanja saúde. O 2 a 0 no estádio Diego Armando Maradona apresentou desafios interessantes que a garotada soube sobrepor. Fosse pelo péssimo estado do gramado, fosse pela imposição física dos nigerianos.

Foto: Pedro Vale / Foto FC
A partida começou em um ritmo que favorecia o adversário. A Nigéria apostava na velocidade e na força para levar perigo ao gol de Mycael. A bola no travessão de Salim Fago, logo aos sete minutos, assustou, mas aos poucos o Brasil encontrou o caminho pelos lados do campo.
Brasil x Nigéria
Finalizações: 15 x 12
Finalizações no gol: 7 x 3
Posse de bola: 46% x 54%
Passes trocados: 335 x 406
Faltas cometidas: 13 x 11
Escanteios: 8 x 7
Savinho voltou a ser uma alternativa interessante, mas em alguns momentos pecou pelo individualismo. Já no lado esquerdo, Robert Renan resolveu a dificuldade que Andrey e Marlon Gomes tinham com a marcação ajustada, e foi o desafogo na saída de bola com passes que quebravam linhas para acionar Biro e Kaiki Bruno.
Foi assim que o Brasil conquistou o escanteio do primeiro gol em outra jogada que tem se mostrado forte: bola aérea para um Jean que costuma levar superioridade. O placar fez com que a Nigéria se mandasse até de forma desorganizada nos minutos finais de um primeiro tempo em que a Seleção desperdiçou dois contra-ataques em superioridade numérica até Marquinhos receber de Savinho para ampliar: 2 a 0.
Na volta do intervalo, a postura agressiva na marcação alta foi fundamental para conter qualquer ímpeto nigeriano. Marlon Gomes cresceu no jogo, diminuiu espaços, e deu sustentação para que Arthur abusasse do corredor direito em parceria com Savinho. Até os 15 minutos, o Brasil criou o suficiente para matar a partida, e não o fez.
As alterações até fizeram com que a Nigéria esboçasse uma pressão, mas que não foi além de chutes de média distância - um deles voltou a carimbar o travessão. Nada que colocasse em risco a vitória.
O Brasil sobreviveu ao grupo da morte. É bom que os adversários lembrem disso!
Fonte;ge.globo

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