Equipe havia traçado meta de tornar-se candidata a pódios e vitórias em até cinco anos. CEO da Renault critica ex-chefes demitidos: "Me prometeram coisas que não foram mantidas"
Após assumir o nome Alpine em 2021, a equipe francesa traçou uma meta de vencer corridas e eventualmente tornar-se campeã da F1 em até 100 corridas ou cinco anos. Mas apenas duas temporadas depois, esse plano parece já ter sido descartado por Luca de Meo. O CEO do grupo Renault explicou a mudança de planejamento e criticou ex-dirigentes do time - como Laurent Rossi, que fez a promessa inicialmente - que deixaram Enstone após o GP da Bélgica.
- Eles me prometeram coisas que não foram cumpridas. Quando você diz algo a seu chefe, você tem que fazer. É a dinâmica de uma empresa. (A demissão) pareceu uma ação brutal, e foi, mas estamos atrasados no que definimos como meta. Não que eu tenha forçado eles a estabelecer alvos, mas eles mesmos o fizeram. Eles comunicaram (o plano) e não funcionou, porque não tínhamos a trajetória certa - disse De Meo.
Foto: Bryn Lennon
Em meio à fase conturbada da Alpine na F1 2023, o fim de semana em Spa-Francorchamps marcou o fim da linha para o chefe de equipe Otmar Szafnauer, o diretor esportivo Alan Permane - que estava no time de Enstone há 34 anos - e o diretor técnico Pat Fry. VP da Alpine Motorsport, Bruno Famin assumiu a chefia de forma interina. Antes disso, Laurent Rossi já havia sido movido da posição de CEO do time para a supervisão de projetos especiais.
Hoje, a Alpine tem 73 pontos somados e é a sexta colocada no Mundial de construtores - a pior posição desde a adoção do nome atual. De Meo reforçou a confiança no projeto francês, mas destacou que uma boa situação financeira não é o único fator necessário ao sucesso esportivo.
- Acredito muito no projeto da Alpine na F1, mas muitas vezes as pessoas do meio empresarial acham que a F1 funciona da mesma forma. É como o empreendedor que entra na política, e não acho que a política funcione como os negócios. Nos GPs, para achar a alquimia certa, fazer algo como RBR ou Mercedes fizeram por um longo ciclo, você tem que seguir trabalhando, ser humilde, mudar as coisas - analisou, acrescentando:
- É um jogo complicado, e subitamente todo mundo tem que começar a girar. Você tem que trabalhar, não pode simplesmente fechar a caixa e depois falar sobre isso novamente em cinco anos. Estamos cientes disso, teoricamente temos os recursos para render bem com uma equipe que é muito bem financiada. E as pessoas que não trabalham bem devem deixar o sistema da F1. Isso é competição em alto nível.
A F1 2023 retorna neste fim de semana com o GP de Singapura, a 15ª de 22 etapas no ano. Max Verstappen é o líder absoluto do Mundial de pilotos com a RBR, que também domina entre os construtores.
Fonte;ge.globo
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