Campeão mundial dos 400m com barreiras em 2022, o Piu já vai passar a temporada rumo às Olimpíadas do ano que vem treinando na Flórida
Alison dos Santos vai para os Estados Unidos. Não será apenas uma competição ou um período de treinamento, como já ocorre costumeiramente desde que ele se tornou um dos principais atletas do Brasil nos últimos anos. O Piu está de mudança para Flórida. Conseguiu visto de trabalho e a partir do mês que vem passará mais tempo em Clermont do que em São Paulo, onde mora atualmente, ou São Joaquim da Barra, onde nasceu.
- Ano que vem a gente vai fazer totalmente a preparação fora do Brasil. A gente estava acostumado a fazer o início da preparação no Brasil. Mas viu vantagem em fazer a preparação nos Estados Unidos, então vai fazer para lá, focar em treinar e competir na Flórida, na Califórnia. A base vai ser a Flórida, um local tranquilo, com o clima parecido com o daqui. O Rafael Pereira, dos 110m com barreiras, já foi lá, fez os testes, e a gente vai estar bem servido – disse Alison no programa Ça Va Paris, do sportv.

Foto: Hannah Peters/Getty Images
O plano é antigo. Alison e o técnico Felipe Siqueira já tinha a mudança para os Estados Unidos como meta no fim de 2022. Mas a lesão e a cirurgia no joelho no início de 2023 prejudicaram toda a temporada, inclusive o rumo fora das pistas.
- De início, vou eu e meu treinador, para organizar tudo bonitinho, para conseguir trazer o máximo de gente possível depois. A gente está arrumando a casa ainda, mas vai para lá, isso é certo. A ideia é ir com treinador e tentar levar família, fisioterapeuta e o máximo de suporte possível porque o plano é Paris. Mas a gente não pretende sair de lá antes de Los Angeles. Se der certo, a ideia é ficar lá e começar a construir raízes – explicou Alison, de 23 anos, já se referindo ao plano para os Jogos Olímpicos de 2028, que serão na Califórnia.
Por causa dessa preparação antecipada para Paris 2024, Alison está de férias mas já volta aos treinos em outubro, na Flórida. Por isso o atual campeão não defenderá o ouro nos 400 metros com barreiras nos Jogos Pan-Americanos. Um dos destaques do país em Lima, há quatro anos, será o principal desfalque do atletismo brasileiro no Pan de Santiago, que acontece de 20 de outubro a 5 de novembro deste ano. Ausência continental para se preparar para defender a medalha olímpica de bronze no ano que vem, principalmente contra o norueguês Karsten Warholm, o americano Rai Benjamin, e a novidade da lista de concorrentes ao pódio, Kyron McMaster, das Ilhas Virgens Britânicas.
- A prova está muito aberta. Ninguém está disparado. Todo mundo tem chance. Eu, o Warholm, o Rai Benjamin, o McMaster, a gente sabe que na final olímpica todo mundo tem chance. Isso deixa a prova mais interessante ainda. Não tem já ganhou como o Mondo Duplantis no salto com vara. Essa tensão na prova é muito legal - disse Alison, já recuperado da lesão no joelho.
- Terminei o ano otimista, não fiz os resultados que esperava, mas fiquei feliz por terminar a temporada competindo e estar competitivo e brigando com a rapaziada. Tive a cirurgia, a recuperação foi muito longa. E a prova dos 400m com barreiras você precisa de ritmo, mas estou otimista para o ano que vem. Agora é como se fosse um novo joelho. Eu fazia um treino diferente, o joelho dava aquele grito e dávamos um tempo para poder adaptar mais. Depois que adaptei, voltei a treinar, a gente foi embora e treinou tranquilo. Por isso estou otimista, estou saudável. Dá segurança para o trabalho depois que voltar de férias – concluiu Alison.
Fonte;ge.globo

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